
Andante
A bruma é densa manhã de inverno
Boceja a cidade e dobra-se a esquina
Ecos de passos na rua deserta
Delatam andante envolto em neblina.
Neblina de tule perpassa os muros
A foita invade solitários jardins
Estariam agora dormentes canteiros
Sonhando os cheiros de brancos jasmins?...
Ou mãos femininas tocando suave
A renda dos cravos ungidos de amor?...
Ou seriam zumbidos de abelhas dispersas
Em tardes de sol e calor?...
Solitário andante das brumas de inverno
Que traz à cabeça confusos rumores
Devias saber: Os jardins quando dormem
Tem sonhos floridos em todas as cores!!!
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